¿De Política de Representação a Política de Coalizão? Possibilidades de Mobilização Feminista no Chile Pós-Ditadura
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
A história do movimento feminista chileno demonstra que independente da permanência de condições de desigualdade de gênero no tempo, a ação coletiva emerge como produto da abertura de estrutura de oportunidades e da agência de um grupo articulado de ativistas. Os movimentos de mulheres em Chile surgiram no marco destas condições, dissolvendo-se depois da consecución do propósito unificador. Neste trabalho propomos que a estrutura de oportunidades para a ação feminista se abriu baixo a administração Bachelet, mas que a política da representação característica dos movimentos históricos não é a única -nem a mais efetiva- alternativa para avançar demandas de gênero. Uma análise da fragmentação dos movimentos de mulheres pós-ditadura indica a necessidade de atender ao problema que propõe para os movimentos sociais o forjamiento de uma identidade que represente ao grupo. Neste trabalho sustentamos que uma política de representação deve dar passo a uma política de coalizão, não só por suas possibilidades democráticas, senão que também porque no novo marco sócio-cultural, a conformación de coalizões em torno de demandas de gênero é a via mais efetiva para a transformação do ordem de gênero.