Territorialidades alternativas e hibridismos no mundo rural. Resiliência e reproduçao da sociobiodiversidade em comunidades tradicionais do Brasil e Chile meridionais
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Resumo
Parte-se da idea de que as territorialidades contra-hegemônicas no mundo rural são resultantes de um duplo processo de aprendizagem e/ou adaptación: um interno ao próprio território, resultante da coevolução entre ecosisstemas e comunidades, e outro externo e entre territórios –o que envolve os processos de territorialização do capital sobre territórios tradicionais. Estas dinâmicas adaptativas dos territórios tradicionais e alternativos são expressas em hibridismos de práticas e representações sociais modernas e tradicionais acerca dos atributos reprodutivos da natureza: a fertilidad da natureza nos territórios tradicionais subsume a reprodutibilidade do complexo socioambiental, ao passo que o imaginário de natureza na cultura científica moderna subsume a produtividade objetivada dos ecossistemas. Em outros termos, trata-se de interpretar narrativas e políticas de natureza. De fato, o entendimiento da complexidade da reprodução socioterritorial da agricultura e pesca tradicionais e alternativas (como aquelas da agricultura familiar de base ecológica) subsume, portanto, a indissociabilidade dos aspectos objetivos e subjetivos acerca da reprodutibilidade de sistema produtivo lato sensu, ou seja, dos condicionantes geoecológicos locais, dos valores e simbolismos tradicionais, que são sintetizados nas estratégias de adaptação e resiliência das comunidades rurais frente aos projetos de (re)territorialização do Capital sobre aqueles territórios contra-hegemônicos.