Complexidade e currículo: por uma nova relação

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Resumo

Neste ensaio, advoga-se a necessidade de se repensar as questões curriculares a partir da teoria da complexidade, justificando a importância desse instrumento para evitar a visão positivista de currículo, que separa disciplinas, fragmenta objeto do conhecimento, a realidade e a vida. Para tanto, são trabalhados os conceitos de currículo e de complexidade, reconhecida em seus aspectos ontológico, epistemológico e metodológico, bem como a importância da relação currículo/complexidade e alguns de seus possíveis desdobramentos em educação. Observa-se que a teorização complexa do currículo ajuda a repensá-lo a partir da pluralidade cultural, da unidade na diversidade, da capacidade de produzir coisas novas no processo a partir de processos emergentes. Para tanto, considera-se a intersubjetividade e multirreferencialidade, reafirma-se a importância da alteridade, da luta pela afirmação das diferenças, bem como dos processos auto-eco-organizadores resultantes dos diálogos ocorrentes em sala de aula. O conhecimento interdisciplinar ou transdisciplinar decorrentes desta relação, em seus papéis formativo e elucidativo, são fundamentais ao mobilizar os processos de interdependência, de mestiçagem, de interfecundação e de religação de saberes. Assim compreendido, o currículo transforma-se no espaço da solidariedade epistêmica, da emergência e mudança de valores, diante da multiplicidade e heterogeneidade das experiências que requerem a superação da fragmentação disciplinar e a presença do diálogo constante. Ao finalizar, a autora ressalta a importância de se desenvolver, através das práticas curriculares, a reforma do pensamento proposta por Edgar Morin, a partir da inteligência da complexidade, como condição fundamental para superação da fragmentação do conhecimento e o encontro de soluções compatíveis à magnitude dos problemas atualmente emergentes.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##




Maria Cândida Moraes
Moraes, M. (2018). Complexidade e currículo: por uma nova relação. Polis (Santiago), 9(25). https://doi.org/10.32735/S0718-6568/2010-N25-685

Downloads

Não há dados estatísticos.