O bem-viver Kaingang como contraponto à colonialidade e ao desenvolvimento
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Este artigo analisa aspectos que constituíram o colonialismo e a colonialidade do poder, do saber e do ser e como esse modelo segue operando na lógica hegemônica do desenvolvimento, onde gênero, raça e classe foram instituídos como base de hierarquização e de classificação dos sujeitos. Nesse processo, as mulheres dos povos colonizados, foram as mais subalternizadas. O bem-viver Kaingang, em contraponto, aporta outras possibilidades de existência. São as mulheres desse coletivo, habitantes da Terra Indígena Mangueirinha, no Paraná, que expressam, pelas suas práticas e narrativas, críticas às violências sofridas pelas políticas de desenvolvimento em seu território. O artigo tem como base a pesquisa etnográfica realizada com elas entre os anos de 2017 e 2021.