Cultura emocional em mulheres bolivianas migrantes circulares no norte do Chile: Tensões, resistências e interseções no trabalho de cuidad

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Resumo

Este artigo propõe-se analisar a cultura emocional de mulheres migrantes bolivianas que realizam trabalho doméstico e de cuidado em Iquique. Mediante uma metodologia qualitativa que considera entrevistas em profundidade a tais migrantes, analisam-se os registros emocionais que se produzem no contexto do trabalho de cuidado, identificando interpretações subjetivas de uma cultura emocional no marco de múltiplas estruturas de poder que se intersectam. O artigo dá conta de uma cultura emocional sob a concepção tácita de hierarquia heteropatriarcal, que responde a práticas de resistências sociais e culturais em chave de uma reprodução do sistema moderno colonial de gênero. Trata-se de construções sociais que estão profundamente ligadas à lógica corporal e que, no caso particular de mulheres que realizam migração circular, o estatuto migratório, a precariedade que este representa, bem como as subalternidades inscritas nas suas biografias, são agenciadas com repertórios emocionais dinâmicos e ambivalentes que as mulheres devem realizar cotidianamente em suas vidas e trabalhos.

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Carolina Garcés-Estrada
Sandra Leiva-Gómez
Andrea Comelin-Fornes

Biografia do Autor

Sandra Leiva-Gómez, Universidad Arturo Prat, Iquique, Chile
Autora correspondiente.
Garcés-Estrada, C., Leiva-Gómez, S., & Comelin-Fornes, A. (2021). Cultura emocional em mulheres bolivianas migrantes circulares no norte do Chile: Tensões, resistências e interseções no trabalho de cuidad. Polis (Santiago), 20(60). https://doi.org/10.32735/S0718-6568/2021-N60-1658

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